terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Neil Young

Há figuras de que gostamos e nunca chegamos a saber bem porquê. Uma música, uma frase ou um olhar, qualquer coisa serve para nos convencer. Ficamos fãs e nem somos consultados no processo.

O Neil Young convenceu-me na primeira vez que ouvi a clássica Keep on rockin in a free world. Desde então, aos poucos, lá vou visitando o pai do Eddie Veder.



Com o tempo, tenho recuado na carreira do Young dos Crosby, Stills Nash & ... Sempre cantou com garra, de peito aberto e quase sempre acompanhado pela minha "guitarra" favorita: acústica, com cordas de aço. De esquerda, o que só lhe fica bem, Neil Young sempre teve mau feitio. Recusou a pose de estrela, mas nunca gostou de holofotes. O lema é simples: solitário, rabugento e comuna. Garantido, é que em trinta anos de carreira gravou momentos memoráveis de música.

Old Man


Acho que já sei porque sou fã do Neil Young.


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sábado, 19 de dezembro de 2009

Rage Against Cowell

Há dias que acompanho com atenção a batalha entre os Rage Against the Machine e o Simon Cowell, a verdadeira estrela dos Ídolos. Mas hoje tudo tomou uma nova dimensão. Porquê? Porque ouvi a música mais popular da última fornada do reality show inglês. "The Climb", de um tal de Joe McElderry.

Em Inglaterra, ainda os Beatles não existiam e já a música que liderava as vendas no dia de Natal merecia uma atenção especial. Por lá passaram, quatro vezes, os Fab Four, os Pink Floyd, os Queen, o Michael Jackson e sim, também alguns acidentes - as Spice Girls conquistaram o título tantas vezes como os Beatles e em 1988 foi Cliff Richards quem ganhou a corrida. De há quatro anos para cá, tudo piorou e os vencedores têm sido sempre produtos da fábrica X Factor.

O grito de revolta nasceu no Facebook quando um fã dos Rage Against the Machine decidiu lançar a campanha para que "Killing in the name", original de 1992, destronasse o mais recente produto da linha de montagem de Cowell. Inesperadamente, a horas de fechar a contagem, os RATM estavam à frente.

Além de um ou outro vídeo do YouTube, nunca vi o "X Factor", mas a julgar pela amostra portuguesa a música é a menor das preocupações da produção. Feios não entram, gordos dificilmente passam e se não tiverem um gosto de roupa que agrade ao júri estão condenados a serem catalogados como 'azeiteiros'.

Nada contra o programa de que até sou espectador, mas convém salvaguardar as distâncias entre fenómenos de popularidade e músicos. Os músicos trabalham para os discos, os fenómenos de popularidade herdam o trabalho feito por produtores, compositores e letristas principescamente pagos para construir singles de sucesso. O negócio é lucrativo: Cowell, júri e executivo da editora que lança os discos dos candidatos a estrelas, receberá cerca de 100 milhões de euros para apresentar a próxima temporada norte americana do programa.

Zack de la Rocha usa rastas, t-shirts gastas e estou certo que não consegue cantar o "I will survive". Tom Morrelo e Brad Wilk são feios e Tim Commerford tem o tronco coberto por tinta preta. Nunca passariam no Ídolos, mas mesmo assim formaram uma das melhores bandas dos anos noventa. Joe McElderry não inventou nada. Em palco a fórmula é a do costume - sorriso Pepsodent e afinadinho - em CD a receita também nada tem de original: música orelhuda, letra cheia de "passos sem direcção" a caminho de "batalhas em encostas íngremes", um pianinho e umas guitarras para fazer ruído de fundo. Naturalmente que não faltam guinchos.

Enquanto escrevia este texto, o New Musical Express publicou a última contagem e o menino já tinha ultrapassado os RATM. Desculpem-me o final abrupto, mas tenho de ir ao iTunes comprar uma música que já tenho em CD.



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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Legendary

Legendary Tiger Man e Asia Argentino, Feminina, Life aint enough for you



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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A história do Cinderella




Vivia numa barraca. Antigo candidato ao título mundial de pesos pesados, Jim Bradock não era um homem de sorte. Os milhões ganhos no boxe desapareceram no ano seguinte com o crash de 1929 e, numa altura em que um bairro de lata invadiu o Central Park em Nova Iorque, foi parar a uma barraca onde vivia com a mulher os três filhos.

A história é conhecida e foi gloriosamente contada em Cinderella Man, o melhor filme da carreira de Russel Crowe.

Falido e a trabalhar nas docas, Bradock deixou de conseguir ganhar nos ringues e uma mão partida acabou por o impedir de trabalhar. A oportunidade acabou por aparecer quando menos esperava: um combate em que seria o alvo. Com fome e medo de perder os filhos, no dia em que voltou aos ringues venceu.

Esta é a história do verdadeiro Gladiador que Crowe contou. Não há leões, soldados ou legiões, mas aqui sim, Crowe desempenha o papel de quem lutou toda a vida. Além dos adversários, nos ringues Bradock enfrentava a fome. Sabendo que a miséria dói bem mais que uma ou duas costelas partidas, trocou socos para recuperar o direito à vida.

Os recados que Ron Howard são directos directo. Aguenta e luta que, mais cedo ou mais tarde a oportunidade aparece. Quando chegar, não a desperdices. Serão verdade?




F.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O Euromilhões

A pergunta que toda a gente, uma ou mais vezes, já se perguntou: O que fazias com o Euromilhões? Viagens, casas, misericórdia, barcos, casinos, ilhas, um pequeno país na América do Sul, a Carmen Electra ... há gente para tudo.

Como qualquer outro, eu também não sei bem o que faria se ganhasse o Euromilhões. Mas, garantidamente, que um dia, numa noite qualquer, sozinho ou acompanhado, iria beber um belo vinho, a olhar para o meu Vieira da Silva, sentado na varanda da minha casa Siza Vieira.

A aparelhagem teria de soar melhor que uma orquestra.
Stan Getz, Samba de uma nota só


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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Nao consigo ser contra

Não consigo ser contra referendos. Normalmente, os temas em causa nem me suscitam grandes dúvidas e até tem achado que as respostas se prendem, pura e simplesmente, com igualdade de direitos. Também sei que há muito que não vivemos numa democracia directa e há muito que aprendi que às vezes as massas têm de ser empurradas para a evolução. Mas nem assim consigo ser contra referendos. Na volta, acho que nunca é demais ouvir quem, supostamente, devia liderar o rumo do país.

No aborto, no casamento homossexual, na legalização das drogas leves ou na entrada na União Europeia, os referendos só costumam atrapalhar, mas ainda assim acho que nunca é demais parar, ouvir e decidir.


F.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Any Given Friday



Nunca falha. Há anos que todas as sextas-feiras acontece o mesmo. No estreito corredor de minha casa, no alto do único armário, o saco está lá. Pés de pato, fato, wax e a prancha. Hoje, penso nas 41.5 polegadas de Cell, talhados - diga-se, com mestria - pela mão do Gato. Mas todas as sextas-feiras o saco se torna mais visível.

Apanhar umas ondas. Apanhar umas ondas. Apanhar umas ondas. Apanhar umas ondas. ... Não há sexta-feira em que o pensamento não se torne repetitivo. Mas mais que repetitivas, as sextas-feiras podem ser angustiantes. As dúvidas são sérias e as decisões urgentes. Como está o mar? A que horas? Costa, Praia Grande, Peniche? Vamos no teu ou no meu?. No caso do Mr Charles, ainda é sempre preciso discutir a escolha da prancha.

Any given Sunday



Com chuva ou com sol, com muitas ou poucas ondas, com ON ou OFF shore, amanhã é dia de apanhar umas ondas. Nem vi as previsões, mas hoje, como em todas as sextas-feiras, já só penso na hora de fechar o fato e correr para a água. É sempre assim, em Any Given Friday


Dica: Super Bock em Stock, 5 de Dezembro, no São Jorge tocam os Little Joy. Reza a lenda, que a misturada entre Los Hermanos e os The Strokes foi selada à beira do rio Tejo. A vocalista apareceu depois, quando se juntaram para gravar, lá para as terras do Tio Sam. Concerto a não perder.



Bons Tubos

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Valerá a pena?

A aventura começou nos tempos do ido Are You Experienced? quando decidi contar uma história em papel. Sem tempo e sem experiência, decidi arriscar. Um português a viver em Amesterdão e com a vida dedicada à Greenpeace. Foi electricista em fábricas de armamento e em estádios de futebol. Foi punk em Berlim e sem abrigo Portugal. Quis ir até África numa camioneta, mas foi protestar contra ensaios nucleares no Taiti e acabou a defender índios na Amazónia. A história valeu o esforço e hoje, dois anos e três blogs depois, acabei as suas centenas de páginas.

Diz o protagonista, o Mundo está a mudar. Estamos a estragar quem nos dá de comer e a ser indelicados para o planeta que nos acolhe. Por isso, assegura, vamos ser merecidamente castigados. Garante que para passar a mensagem não é preciso recorrer à violência e dá os exemplos de Martin Luther King e de Mahatma Gandhi. Mais estranho ainda? Não segue qualquer igreja, mas acredita numa energia especial. Doido? Lírico? Simplesmente, afanado? Talvez. Depois de várias centenas de horas a tentar ordenar uma vida sem ordem, lembro-me da frase que um polícia brasileiro lhe disse depois de um protesto. "És malandreco. Mas o Mundo precisa de malandrecos como tu."

Se valerá a pena ler? Não faço ideia.




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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Nem sou fã

Quem me conhece sabe que sou insuspeito para elogiar os Gato Fedorento. Não sou, e suspeito nunca serei, grande fã do quarteto. Invejo a cultura e a velocidade de disparo do Ricardo Araújo Pereira. É culto, sabe-o. Pensa pela própria cabeça e, normalmente, pensa bem. Dos outros, não conheço o trabalho de dois e ao Quintela não acho qualquer graça.

Ainda assim,um programa como o defunto (adormecido?) Esmiúça os Sufrágios é um bom sinal. Mostra fairplay dos entrevistados e sempre prova que há várias maneiras de falar de política. Circulam rumores que os Gatos começam a mostrar tiques de arrogância. Respondem por escrito, vetam órgãos de comunicação social e ameaçam estar a perder o fairplay. Espero que não ...


Esta foi a melhor entrevista que vi a Marinho Pinto. As respostas são de nível e, diz-me a experiência, isso só acontece quando o entrevistador dá luta. Para que o duelo seja justo, é preciso fairplay.



terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sublime

A atitude punk foi alimentada a heroína e nem as horas passadas nas ondas da Califórnia o safaram de, aos 28 anos, morrer sozinho num quarto de motel. Nowell cresceu, para variar, numa família disfuncional. Ao som de reagge, na adolescência formou uma banda para tocar em festas de amigos e o seu som só obedecia a uma regra: tinha de ser animado. Afinal, as festas não se querem de outra forma e misturar o Punk com o Reagge era uma inevitabilidade histórica.

Logo às primeiras demos, foram sendo arrumados nas estantes entre o Ska e o Punk e em 1992 já eram cabeças de cartaz na Califórnia. Mas logo no ano seguinte, a vida sempre em festa levou o vocalista à heroína. Lançar o primeiro disco não foi fácil mas quando What i Got os levou à rádio - numa era, longínqua, em que as bandas não estavam sempre disponíveis na internet, ... - transformaram-se num fenómeno nacional.

Não me lembro de como os conheci, mas sei que me foram apresentados como a banda do "afanado que morreu". No velho Fiat, os Sublime estiveram entre as primeiras cassetes e fizeram companhia em memoráveis "maratonas" de praia. O som revelou-se perigosamente viciante e durante anos a cassete, com a imagem do Lou Dog colada, lá andou.

Brad Nowell morreu a 25 de Maio de 1996. A mim, sempre me pareceu que, musicalmente falando, poderiam ter ido mais longe. Mas mais uma vez, a droga ganhou à música e, neste caso, a uma mulher e a um filho. Dizem que não conseguiu vencer o hábito, mas que tentou com tudo o que tinha. Dizem que morreu logo depois de passar três meses limpo. Dizem que foi azar. A mim parece-me que foi vítima do mais velho cliché do rock. Foi pena.

Santeria




Diz a Rolling Stone que os Sublime, treze anos depois, estão de volta. A primeira amostra é lamentável, mas a voz do novo vocalista - um puto de 23 anos - não é má e pode ser que até recuperem o velho ritmo. Resta saber s será uma homenagem ou uma vergonha?

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

The Search - Peniche

Como em tantos Sábados de offshore, às primeiras horas do dia a autoestrada tornou-se no ponto de encontro da tribo do surf. Como se a costa estivesse a ser varrida por um simpático vento Leste, os carros encheram com a malta dos gorros, das camisolas quentes e dos grandes óculos de sol. Como de costume, todos partilhavam o mesmo objectivo, mas desta vez ninguém pensava em fazer o tubo perfeito.

A noventa quilómetros de Lisboa, estavam reunidos os 45 melhores surfistas do Mundo e todos queriam ver a batalha pelo título Mundial. Parko e Fanning, para satisfação dos junkies do Fantasy Surfer, estão a decidir o título Mundial e o portuguese tiger até vinha com um surf bem oleado. Vencer Kelly Slater motiva qualquer um e mais ainda motiva quem apenas quer manter o seu lugar entre os 45. A história do evento também não ajudava Tiago Pires. Há anos que o WCT não passava por Portugal e uma vitória garantir-lhe-ia – além do lugar no próximo WCT - um lugar nos Livros. Melhor que ninguém, Tiago Pires sabia tudo o que estava em jogo.

A meio caminho, chegou uma mensagem que tornou o meu pé direito mais pesado: “Tow in na Baía”. O vento não podia estar pior orientado, mas à costa tinha mesmo chegado a maior ondulação, até ver, da temporada. O campeonato dificilmente começaria, mas os rapazes já estavam na água. Mick Fanning e Taylor Knox, decidiram ir surfar a direita que em 15 anos, de visitas regulares, só um bravo surfou. Na quarta-feira, dois dos melhores surfistas do Mundo fizeram o mesmo de moto de água e eu, que tenho uma relação obsessiva com a almofada, não vi. As fotos são esclarecedoras.

A sala reservada aos jornalistas era a melhor da história. Simples, mas com uma parede de vidro apontada para o Lagido que lançava sets com dois ou três metros de close outs, ou muito perto disso. Ainda houve quem lá tivesse ido experimentar, mas a turminha dos Et’s preferiu o mais abrigado Molhe Leste.
Nunca tinha visto, ao vivo e a cores, uma prova desta galáxia do Surf e o nível é mesmo assustador. Desde que tenha força, eles surfam. E força é coisa que raramente falta ao mar de Peniche. Depois de os ver surfar, fiquei com uma nova dúvida: Se o nível é este quando o mar está todo partido, como seria o Surf se os Supertubos aparecessem?

O Saca até pode ser bom rapaz. E é certo que teve muito azar no horário do heat, mas não me parece que tenha nível para aquilo. Naturalmente, é aqui que a tribo se divide. De um lado, os crentes, os que culpam as ondas ou o formato da competição. Do outro, os que acham que falta Ar ao surf de Tiago Pires ou que, simplesmente, não lhe reconhecem grande Magia. Eu não sou fã.
Quando surfa, Tiago Pires faz-se notar. Levanta água como os melhores e se as ondas oferecerem tubos é certo que retribui, com classe, o presente. No reportório, faltam manobras aéreas e na cabeça falta-lhe o espírito assassino. Numa competição como a do WCT, as quebras de moral são fatais e ondas retraem-se sempre que algum mal-humorado as visita. Em Peniche, a pressão era grande e Saca voltou a ceder. Mais que nunca, a tribo dividiu-se. De um lado, uns culpam as ondas e os árbitros. Do outro, questiona-se o gabarito do artista. Certo é que ao fim de meia hora, a melhor surpresa que a multidão pode esperar é a vitória de um «naturalizado» que se apurou para o segundo round.

Para quem quiser, durante os próximos dias numa praia perto de si, os melhores surfistas do Mundo vão continuar a enfrentar o nosso mar. Não se paga bilhete e o frio pode facilmente ser contrariado. Provavelmente, as ondas não serão as melhores, mas os protagonistas garantem um espectáculo único. Amanhã, lá andarei. Afinal, também quero ver quem ganha: Parko ou Fanning?

sábado, 26 de setembro de 2009

Não votem



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Um pedaço de história

A primeira entrevista de Nélson Mandela.



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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A mira

É fácil perder a mira. É fácil deixar que a agenda preenchida nos faça esquecer do que começámos por perseguir. Esquecemo-nos do que queríamos fazer, das mensagens que queríamos passar, do que queríamos conquistar. Entramos na teia da rotina, com todos os seus vícios e maleitas, e deixamos de ter força para correr pelo que queríamos. Às vezes, é mesmo preciso gritar.

sábado, 8 de agosto de 2009

Walk away

E quando se chega à conclusão que menos se queria?

Walk Away, Ben Harper




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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

«Se vier um tsunami, não me levanto»

Dia de mar zangado. É sempre assim, levanta-se o mar, levantam-se as ondas, acelera o coração. Hoje, dia de mar zangado, deixei-me ficar na areia. Foi preciso ponderar. É nestes dias, em que o mar se zanga, que os homens se distinguem dos ratos, é nestes dias que se apanham as ondas verdadeiramente memoráveis. Mas hoje deixei-me ficar pela areia. A custo, deixei prancha em casa e, em vez dos pés de pato, levei o mp3 e um maço de Marlboro Lights. Feitas as contas, a nossa estimada Costa dá ondas todo o ano e nem sempre é fácil ter a tropa toda reunida.

A família aqui pela «mais bela praia de Portugal» está reunida. As vidas já não permitem temporadas de meses, de semanas e semanas em festa. Agora, é preciso saber concentrar os esforços e fazer render os dias entre a areia nem sempre quente e as noites bem regadas a caipirinhas e minis. Hoje, no dia das melhores ondas dos últimos meses deixei-me ficar pela areia. Entre um cigarro e umas dezenas de musiquinhas em formato digital. A frase, acabou por me sair: "Se vier um tsunami, não me levanto." Só posso ter escolhido bem.

The Subways, Rock n' Roll Queen



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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Gone for the summer





Beastie Boys, Suco de Tangerina



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quarta-feira, 22 de julho de 2009

O jogo do Se

A história é conhecida. Pouco antes de morrer, Jimi Hendrix conheceu Miles Davis. A empatia foi imediata. Tornaram-se amigos e, reza a lenda, companheiros de Jam Sessions. Miles, aparecia sem ser convidado. Batia à porta e entrava. Sem grandes conversas e sem saudações desnecessárias, para tocar, normalmente, trancavam-se. Hendrix era conhecido por acabar as noites de concerto a tocar em bares ao acaso. Quem estivesse, participava. Quem tivesse coragem, subia ao palco. Não é difícil advinhar como se conheceram.

Foi assim que, do outro lado do Mundo, Clapton conheceu os Beatles e que estes se cruzaram com os rivais Stones. Foi assim, que Hendrix se cruzou com Jim Morrison. As gravações - que algum bartender afanado teve o bom senso de fazer - só agora começaram a aparecer. O som é miserável, mas há produtores que fazem magia e, mais cedo ou mais tarde, o disco aparecerá. Nunca ouviremos o som que Hendrix e Miles Davis queriam fazer. O disco nunca chegou a ser gravado. Na altura, o baixista desejado, Paul McCartney, não estava disponível e Hendrix apressou-se a morrer. No funeral, pediram a Miles Davis para tocar. Segundo o In a Room Full of Mirrors, de Charles R. Cross, Davis, que nunca mais foi visto num funeral, recusou e disse que não saberia o que tocar.

Como seria um disco gravado pelo Jimi Hendrix e pelo Jim Morrison?



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terça-feira, 21 de julho de 2009

A globalização é nossa amiga

Vi um filme indiano. Descobri que a Libia é a terra das "Esquerdas vazias". Vi uma série sobre Holywood. Ainda celebrei a chegada de um jogador brasileiro. Durante o dia, já tinha ouvido um bom rock americano e escrito sobre uns heróis bem portugueses. Vou dormir e pensar, depois de ler uma revista inglesa de música, que a Globalização é nossa amiga.

The Pretender



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domingo, 19 de julho de 2009

Park Bench People

Jose James, Park Bench People



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sábado, 18 de julho de 2009

Mar do Norte

Basta que o vento se levante e tudo muda. Com conta, peso e medida, as ondas tornam-se memoráveis. Em excesso, o mar torna-se numa máquina de lavar com mais ou menos metros de altura, com mais ou menos espuma, e nunca é acolhedor. Hoje foi.

Há três semanas que não sentia o sal na cara. Há três semanas que não era abanado pelo meu amigo Mar. Há três semanas que não sentia o vazio por baixo da prancha e que olhava para cima em busca do melhor ponto de acesso ao topo do Mundo. Sim, na água, todos podemos ter a sensação de estar no topo do Mundo. São escasssos os segundos, mas a vista é inesquecível. Ondas da esquerda, ondas da direita, ondas cruzadas, fundões, correntes, deu de tudo. De tudo, menos de ondas perfeitas. Foi hora e meia a remar para conseguir descer meia dúzia de onditas.

Hoje não fiz bodyboard e continuo a precisar de uma boa sessão para acordar os movimentos há muito mecanizados, mas hoje visitei o mais velho dos meus amigos. E isso basta.



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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Mergulho

Ponto rebuçado. Zero. No fim. Nulo. Acabado. O corpo reclama por descanso. A cabeça exige uma pausa. Na agenda: Um mergulho e um dia passado na praia. Uma musiquinha, umas ondas, uma cerveja e cama. Dormir. Dormir. Dormir.



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domingo, 12 de julho de 2009

Crips vs Bloods

Em Los Angeles, desde os finais dos anos sessenta que se trava uma guerra para a qual ninguém tem argumentos. Matam-se porque sim. Matam-se pelas cores. Matam-se por não terem alternativa. Matam-se por não saberem fazer outras coisas.

O documentário é duro de ver. E no final, é impossível não pensarmos se seremos assim tão diferentes das batalhas étnicas africanas.

Crips and Bloods: Made In America



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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Perfeita

Sem tempo para escrever. Fica a perfeita.



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terça-feira, 30 de junho de 2009

Top 5

Os cinco concertos que ainda tenho de ver

Space Oddity



1 - David Bowie
2 - Radiohead
3 - Eric Clapton
4 - Bruce Springsteen
5 - Blur



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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Classic Albums

Ofereceram-me o Classic Albums: Nevermind. Um documentário sobre o disco que, provavelmente, mais vezes ouvi durante a vida. Com o passar dos anos, outros discos tornaram-se presença regular na banda sonora. Evil Empire, Kind of Blue, Are You Experienced ou Fight For Your Mind, mas o Nevermind também nunca andou muito longe.

O documentário é genial. Desde que o vi ainda não parei de descobrir novas pérolas na série de documentários da Eagle Rock Entertainment. Primeiro sobre o Dark Side of The Moon, depois sobre o Electric Ladyland e hoje sobre o Black Album. Todos eles muito bons. São músicos a falar de música, sem efeitos especiais ou grandes produções e sempre em conversa franca.

Este é indiscutivelmente o melhor ...



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sábado, 23 de maio de 2009

O regresso - Relentless 7

Confesso que vi com desconfiança a chegada de uma nova banda ao estúdio do Ben Harper. Harper, há muito que começou a mostrar tristes tiques de vedeta e eu temi que este fosse só mais um.

O velho Ben Harper foi-me apresentado numa noite, ainda de faculdade, no Coliseu. Com o passar dos anos, cresci, fiz asneiras e vivi os meus melhores momentos. O Ben Harper de Fight for your Mind, também passou paraWill to Live e depois deixou-se fazer o Burn to Shine. Até passou pela fase Vanessa da Mata, mas lá me mantive fiel. Não me esqueci de o ouvir tocar Hendrix no Coliseu, E quem toca assim não engana...

Voodoo Child


Cresci ao ritmo dos discos do Ben Harper. E agora com White lies for dark times, na companhia dos Relentless 7, o meu velho amigo voltou a surpreender. Um grande disco de rock. Tem voz, tem guitarra e tem muito, o termo é científico, power. Old School Rock n'Roll a que nem falta o refrão orelhudo: Never trust a woman who loves the Blues.




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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Dangerous Mood

Dangerous Mood, Keb'Mo


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terça-feira, 19 de maio de 2009

Tyson



A história é única. A de um rapaz de Brooklyn que aos 20 anos era homenageado com desfiles militares em Moscovo, que conheceu Gorbachovs e Berlusconis, que foi transformado em banda desenhada no Japão e que, aos 21, disse 'Sim' no casamento mais mediático do Mundo.
Durou 8 meses e o divórcio foi transmitido em directo. Pelo caminho, transformou-se numa máquina trituradora de homens. Sempre em busca de algo extremo. Mike Tyson, viveu todos os cêntimos dos seus muitos milhões. No ringue, recusou-se a perder. Autodestruiu-se com a fama, as mulheres, os carros, as drogas e os amigos que lhe ficaram com o resto.
História de violência, de poder e sempre de luta. É a história do rapaz que cresceu sem família, que aos 12 anos estava preso por tráfico de droga e que aos 19 se transformou no "homem mais perigoso do mundo". Um grande documentário.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

José James

Uma bela novidade. A devida vénia à menina JV.

José James, Park Bench People



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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Misturada by Little Joy

Dizia a primeira manchete do I que políticos e patrões querem reduzir os números de imigrantes. Na televisão, não vi ninguém desmentir e até fui obrigado ao, sempre triste, "Show do Portas". Enquanto se vangloriava por já ter defendido a ideia, o exmo. ex-Ministro da Defesa lamentava que lhe tivessem chamado xenófobo, sectárrio e preconceituoso. Quem quer que tenha sido o autor dos impropérios, aqui ficam os meus sinceros parabéns...

Assustador é que lhe estão a dar razão. A crise serve de desculpa e agora, parece, é que a tugaria vai começar a carregar pedras a troco de 400€ pagos não se sabe bem quando. Li, por acaso também no I, que está provado que os imigrantes são uma força de evolução nas sociedades. Mesmo assim, querem apertar mais o cerco. Os números do desemprego até podem tornar mais apelativos os baldes de cimento e os estudos valem o que valem, mas a mim a ideia está longe de parecer brilhante.

Na maioria dos casos, são sempre bons os resultados de uma misturada. Para os "Portas", deve ser o maior pesadelo do Mundo ver juntos um agricultor do Mississipi, uma bailarina havaiana e um brasileiro de viola em riste. A mim, a coisa até me parece promissora. Recentemente, as escolas do velho rock americano e da musiquinha havaiana juntaram-se ao ritmo da viola brasileira. Rodrigo Amarante, de Los Hermandos, Fabrizio Moretti, baterista brasileiro dos roqueiros The Strokes, e Binki Shapiro, cantora de Los Angeles, encontraram-se, aparentemente numa sala de estar, para formar os Little Joy.

Next time around e Unattainable




Viver entre fronteiras bem definidas até pode parecer uma grande ideia a muito boa gente. A mim, parece-me que quanto mais fechadas forem as fronteiras menor será a festa. Na música, já houve uma fase em que um preto não podia tocar rock de brancos, em que Bob Dylan não podia aparecer de guitarra eléctrica ou que um rapper não podia ser branco. Acreditem que até já houve música completamente analógica. Com o passar dos anos, na música a Misturada goleou a concorrência. Jimi Hendrix apresentou-se a tocar rock, Bob Dylan até já toca órgão, o Chris Cornell canta ao som das batidas de Timbaland e agora até vão reeditar o catálogo dos Beatles na versão Mono. Infelizmente, o mundo real demora sempre um pouco mais a perceber.


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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Casa



Todos temos um cantinho mágico onde nos sentimos em Casa. Longe da zona em que se vive, num cenário diferente e onde a vida corre a uma velocidade diferente. O local propriamente dito, pouco interessa.

Deve haver quem tenha verdadeiros castelos ou faróis, mas nós mortais temos de procurar alternativas mais realistas. Há quem tenha a sua Casa numa companhia, uma alma irmã. Há quem se sinta em Casa no mar e numa ou outra praia. Há aldeias com sabor a Casa e muitos chamam Casa a bares e cafés.

No Mundo real, há quem tenha de sobreviver sem Casa e quem lute para não perder o único abrigo. Há quem nunca tenha conhecido o prazer de se sentir completamente abrigado, protegido e à vontade. Não nascemos iguais, não temos os mesmos talentos e não arrancamos com as mesmas probabilidades de êxito. Nem todos temos as mesmas forças e estamos longe de ter todos a mesma capacidade de resistência.

Eu, não sei como viveria sem a minha Casa. Admiro a coragem a quem consegue, e invejo a sorte a quem pode chamar a esse Farol, nos arredores do Meco, a sua Casa.


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quarta-feira, 6 de maio de 2009

Post UM

Castels Made of Sand, Jimi Hendrix



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