segunda-feira, 1 de março de 2010

Velhos amigos

Já me tinham dito que acontecia. Que em certas alturas, por um motivo ou por outro, se passa a acordar sem ter a mais pequena ideia do que se quer. Sempre tive dúvidas que fosse possível. Desta vez, estava enganado - há mesmo alturas na vida em que se acorda sem vontade de sorrir.

Estou sem vontade de escrever, sem vontade de surfar, sem vontade de me divertir. Dizem que passa e há, pelo menos, três milhões e meio de músicas sobre o tema. Ainda assim, desta vez, a melhor companhia nem tem sido a banda sonora. Nas horas de aperto, são os amigos de carne e osso que nos safam. Mesmo estando sempre entre as companhias preferidas, neste caso os discos não chegam.

Ter alguém que telefona, que aparece, que liga a playstation, que insiste na surfada ou que, no limite, aparece com um disco novo para ouvir, é um luxo. Poder ter com quem trocar meia dúzia de, mais ou menos sábias, palavras pode ser o suficiente para encontrarmos a força para recuperar o caminho.

A imagem que me vem à cabeça - talvez pelas horas de Call of Duty a que me tenho sujeitado - é a de um tropa que cai, com um ou dois tiros, em território inimigo. Nessa altura, na vida como no jogo, se não há um Wing Man para nos resgatar estamos tramados. A mim, felizmente não me têm faltado irmãos de guerra.

O problema? Como todos os luxos, seja em Lisboa, no Iraque ou aos comandos de uma Playstation ter apoio ajuda, mas não resolve. Porque mesmo de pé há alturas, ou situações, que são mesmo uma merda. Fodidas de sobreviver e ainda piores de resolver.




Enjoy

3 comentários:

Anónimo disse...

Beijinho. E força, Pipi.

Anónimo disse...

A 140kms de distancia contaram-me uma coisa... tens idade para saber o que queres e o que te faz feliz... mas nao penses demasiado, pensar faz mal. Age!
BE

Anónimo disse...

Gosto muito das últimas frases.Porque sim.
V.