A atitude punk foi alimentada a heroína e nem as horas passadas nas ondas da Califórnia o safaram de, aos 28 anos, morrer sozinho num quarto de motel. Nowell cresceu, para variar, numa família disfuncional. Ao som de reagge, na adolescência formou uma banda para tocar em festas de amigos e o seu som só obedecia a uma regra: tinha de ser animado. Afinal, as festas não se querem de outra forma e misturar o Punk com o Reagge era uma inevitabilidade histórica.
Logo às primeiras demos, foram sendo arrumados nas estantes entre o Ska e o Punk e em 1992 já eram cabeças de cartaz na Califórnia. Mas logo no ano seguinte, a vida sempre em festa levou o vocalista à heroína. Lançar o primeiro disco não foi fácil mas quando What i Got os levou à rádio - numa era, longínqua, em que as bandas não estavam sempre disponíveis na internet, ... - transformaram-se num fenómeno nacional.
Não me lembro de como os conheci, mas sei que me foram apresentados como a banda do "afanado que morreu". No velho Fiat, os Sublime estiveram entre as primeiras cassetes e fizeram companhia em memoráveis "maratonas" de praia. O som revelou-se perigosamente viciante e durante anos a cassete, com a imagem do Lou Dog colada, lá andou.
Brad Nowell morreu a 25 de Maio de 1996. A mim, sempre me pareceu que, musicalmente falando, poderiam ter ido mais longe. Mas mais uma vez, a droga ganhou à música e, neste caso, a uma mulher e a um filho. Dizem que não conseguiu vencer o hábito, mas que tentou com tudo o que tinha. Dizem que morreu logo depois de passar três meses limpo. Dizem que foi azar. A mim parece-me que foi vítima do mais velho cliché do rock. Foi pena.
Santeria
Diz a Rolling Stone que os Sublime, treze anos depois, estão de volta. A primeira amostra é lamentável, mas a voz do novo vocalista - um puto de 23 anos - não é má e pode ser que até recuperem o velho ritmo. Resta saber s será uma homenagem ou uma vergonha?
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