Dizia a primeira manchete do I que políticos e patrões querem reduzir os números de imigrantes. Na televisão, não vi ninguém desmentir e até fui obrigado ao, sempre triste, "Show do Portas". Enquanto se vangloriava por já ter defendido a ideia, o exmo. ex-Ministro da Defesa lamentava que lhe tivessem chamado xenófobo, sectárrio e preconceituoso. Quem quer que tenha sido o autor dos impropérios, aqui ficam os meus sinceros parabéns...
Assustador é que lhe estão a dar razão. A crise serve de desculpa e agora, parece, é que a tugaria vai começar a carregar pedras a troco de 400€ pagos não se sabe bem quando. Li, por acaso também no I, que está provado que os imigrantes são uma força de evolução nas sociedades. Mesmo assim, querem apertar mais o cerco. Os números do desemprego até podem tornar mais apelativos os baldes de cimento e os estudos valem o que valem, mas a mim a ideia está longe de parecer brilhante.
Na maioria dos casos, são sempre bons os resultados de uma misturada. Para os "Portas", deve ser o maior pesadelo do Mundo ver juntos um agricultor do Mississipi, uma bailarina havaiana e um brasileiro de viola em riste. A mim, a coisa até me parece promissora. Recentemente, as escolas do velho rock americano e da musiquinha havaiana juntaram-se ao ritmo da viola brasileira. Rodrigo Amarante, de Los Hermandos, Fabrizio Moretti, baterista brasileiro dos roqueiros The Strokes, e Binki Shapiro, cantora de Los Angeles, encontraram-se, aparentemente numa sala de estar, para formar os Little Joy.
Next time around e Unattainable
Viver entre fronteiras bem definidas até pode parecer uma grande ideia a muito boa gente. A mim, parece-me que quanto mais fechadas forem as fronteiras menor será a festa. Na música, já houve uma fase em que um preto não podia tocar rock de brancos, em que Bob Dylan não podia aparecer de guitarra eléctrica ou que um rapper não podia ser branco. Acreditem que até já houve música completamente analógica. Com o passar dos anos, na música a Misturada goleou a concorrência. Jimi Hendrix apresentou-se a tocar rock, Bob Dylan até já toca órgão, o Chris Cornell canta ao som das batidas de Timbaland e agora até vão reeditar o catálogo dos Beatles na versão Mono. Infelizmente, o mundo real demora sempre um pouco mais a perceber.
Enjoy
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3 comentários:
Acho uma ideia absurda isso. Mas confesso que depois de ter encontrado 3 sérvias dentro de minha casa e as noites sem dormir a seguir tornei-me um pouco mais radical. Não se devem fechar fronteiras mas deve-se ter cuidado com o que vem. Por mim aquelas 3 sérvias deviam ter sido postas numa avião. Enfim... Esta conversa iria demorar horas...
A música é gira! :-D
e estariam em tua casa por serem sérvias ou por serem pobres e miseráveis? n me parece que seja pelo local de nascimento ... tenho amigos que matariam para ser recebidos em casa por três sérvias ...LOL
F.
Looool! A parte do pobres e miseráveis tenho dúvidas, tanto que abri a porta à mais nova e achei que estava muito bem vestida! Além disso, não me parece que os nossos pobres e miseráveis assaltem as casas assim!
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